quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Resumo do livro "Terra Papagalli"

O livro “Terra Papagalli” é narrado na 1º pessoa do singular, por Cosme Fernandes, no qual mais tarde vai passar a ser chamado Bacharel.

O livro começa com uma dedicatória feita de Cosme Fernandes ao Conde de Ourique, após a dedicatória, Cosme Fernandes caracteriza a vida que os pais dele tiveram antes do seu nascimento. Falando de como o pai dele se tornou um grande comerciante de Marbella e como cresceu no comercio a ponto de se mudar de Marbella a Lisboa. Mesmo na sua qualidade de vida ainda existiam um preconceito sobre a sua família por causa de boatos espalhados sobre eles serem judeus, por conta disso a sua família mandou Cosme Fernandes para um mosteiro, a fim de mostrar a sociedade que eles seguiam a religião cristã.

Depois de um tempo no mosteiro, Cosme Fernandes aprendendo latim e se interessando pela religião, recebeu como recompensa um passeio para um castelo de uma família nobre, este seguiu o passeio juntamente com o Magister Videira, seu mestre. No castelo, Cosme Fernandes conhece uma jovem mulher, chamada Lianor, na qual se apaixona, faz promessas de amor a ela e acaba por ter relações sexuais com ela. Em seguida depois de descansados e com tudo feito, Cosme Fernandes e Magister Videira voltam ao mosteiro.
No outro dia, Magister Videira é chama à sua sala Cosme Fernandes para interrogá-lo, mas sobre um problema simples, ansioso por seus atos Cosme Fernandes, interpretando a situação de forma errada, acaba confessando o crime hediondo, sobre Lianor, para o seu Magister, surpreso Magister Videira o entrega às autoridades e ele é preso sobre pena de morte, mas por ser um bom aluno Magister Videira retira a sua pena de morte e o para degredo no qual se iniciará no mar.
Três meses depois de prisão, Cosme Fernandes foi ao mar num navio cheio de malfeitores, e um comandante que nunca subira num navio. Neste meio tempo Cosme Fernandes conheceu Lopo de Pina, que logo se tornou amigo dele, dando também o apelido para Cosme Fernandes de Bacharel.
No mar Bacharel escreveu um diário de bordo, no qual ele fala sobre os outros prisioneiros e como é a vida no mar, contando a vida dos degredados que ali havia e sobre a forma de vida que levava. Após um mês de um emaranhado de risos, conversas, medos, mitos, fome, tempestades, jogos e doenças, o navio chega a uma terra denominada Vera cruz pelo comandante, depois renomeada para terra de Santa Cruz. Ao ver os nativos em terra, muitos desceram para conhecê-los de perto e celebrar missas em terra, após isso o comandante mandou dois degredados ficarem naquela terra e aprenderem tudo sobre eles em nome do El-Rei.
Indo na direção sul, seguindo o litoral o navio parou em uma terra que disseram ser uma ilha, deixando Bacharel, Lopo de Pina, Jácome Roiz, Antonio Rodrigues, João Ramalho, Simão Caçapo, Gil Fragoso (todos degredados) naquela terra para que aprendessem tudo sobre os nativos. Depois de alguns dias na denominada terra dos papagaios, comendo frutos exóticos e a carne da caça, eles foram surpreendidos por um grupo de nativos, que logo baixaram a guarda e foram se entender com os degredados, mas mesmo sem falar a mesma língua todos conseguiram se entender por conta dos presentes dados para os nativos que pouco sabia sobre eles, assim todos os amigos degredados foram levados à aldeia.


No decorrer dos próximos capítulos, Bacharel conta os costumes dos nativos, os rituais feitos por eles, suas crenças e sua língua, fazendo até mesmo um pequeno dicionário Tupiniquim. Após um tempo na aldeia os seis exilados vão recebendo a confiança do chefe da tribo e dos demais nativos, conseguindo eles se “casar” com as nativas e participar de guerras intertribais, sendo Bacharel o comandante de batalha por conhecer muitas técnicas. Com as guerras os sete amigos degredados passaram a ser seis pela morte de Gil Fragoso.
Depois de um certo tempo nas terras dos papagaios começaram a chegar navios com homens querendo descanso em terras calmas por conta das viagens do mar, com o contato com eles Bacharel conseguiu fazer trocas de materiais de guerra por escravos nativos presos em guerra, com isso Bacharel e os outros construíram um porto denominado porto do Paraíso que passou a ser reconhecido por navegadores interessados em comercializar materiais e conseguir escravos.
Certo tempo depois ancorou no porto um galeão Português que trazia o capitão Pero Capico em terra para este resolver os negócios de Portugal e suas terras, ou seja, colocar ordem e colonizar aquela terra. Logo após a sua chegada Lopo de Pina começou a virar amigo do capitão. Dias depois o capitão separou aquela terra em seis partes para os seis degredados, deixando o porto do Paraíso com Lopo de Pina e mandando Bacharel para longe, juntamente com os outros quatro degredados, que foram cada um para um canto.
Bacharel, como o seu pai, era bom no ato do comércio, conseguindo construir outro porto em suas terras com o nome de Cananéia, pouco depois de ancorar um navio no seu porto e comercializar com Bacharel, Cananéia começou a crescer e ganhar mais do que o porto do Paraíso, atraindo mais estrangeiros do que o seu porto antigo. Com isso Lopo de Pina com inveja de Bacharel, vai à Cananéia e sobe em um navio rumo à Europa, fugindo do seu degredo.
Depois de certo tempo chega um navegador chamado Martin Afonso de Souza, que passa a liderar o porto do Paraíso e todos os outros, sendo uma espécie de governante, e com ele vem seu aliado Lopo de Pina com sua mulher, mas agora não como degredado mais sim como um cidadão livre e rico.
 Lopo de Pina chama Bacharel para um encontro na sua casa de Martin Afonso em São Vicente, que é o local perto do porto Paraíso. Chegando lá Martin Afonso diz que partirá, e deixará Lopo de Pina como governante. Ainda na casa de Martin Afonso, Bacharel descobre que a esposa de Lopo de Pina é Lianor, ela conta o que houve para ela ter se casado com Lopo de Pina. Bacharel volta para casa. Após alguns dias Lopo de Pina manda Bacharel sair de Cananéia.
Bacharel organiza um plano para atacar Lopo de Pina, pegando um navio de uns comerciantes que por ali passavam, e foi rumo a São Vicente com um exército. Chegando lá Bacharel e o exército prendem Lopo de Pina, Bacharel consegue Lianor de volta. Os fatos vão se desenrolando com Lianor os contando a Bacharel, então ele decide que ele e a sua família, juntamente com Lianor e o exército, deveriam partir para dentro do território e lá viver para que os Portugueses não os achassem.

No fim das contas o livro é uma descrição feita da terra dos papagaios, por Bacharel para o seu filho.


Análise crítica :Terra Papagalli, Humanismo e Classicismo .

    O livro Terra Papagalli, obra de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, retrata de uma forma cômica e ''fictícia'' e através de uma carta narrativa, os primeiros anos do Brasil Pré-Colonial, onde nesse mesmo destacam-se vários aspectos do Humanismo e Classicismo.
    Uma das características do Humanismo que podemos, destacar nessa obra, é a transição do teocentrismo, que acontece no começo do livro, para o antropocentrismo que ocorre durante o resto da obra, onde se destacam várias vezes o homem como o centro de tudo, tanto em batalhas travadas, quanto na superioridade do homem á todos. Outra curiosidade presente nessa obra, é a semelhança de Cosme, protagonista da narrativa, á Luis de Camões, que foi exilado assim como Cosme, e também por sua fama de conquistador, onde ambos tiveram relações com várias mulheres.
      Outra característica do Humanismo, é sátira á igreja católica, pois na própria narrativa, Cosme foi criado nas doutrinas da igreja, pregando a palavra de Deus, mas o mesmo não seguia as diretrizes da igreja, onde se relacionou, com uma mulher, o que é proibido para os padres, e o mesmo mentiu perante o magister Videira para proteger Lianor, a mulher que ele tanto amava, podemos ligar esse fato ao Amor Platônico, um das características do Classicismo.
       Essa obra também possui semelhanças ao Auto da Barca do Inferno, um dos exemplos que ficam em evidência durante toda a narrativa, é a crítica á membros da igreja Católica, pois Cosme, era um seguidor da igreja, mas não obedecia as doutrinas, outra semelhança que podemos citar é a do Frade com Cosme, pois os mesmos, tinham amantes e desrespeitavam a igreja.
     Em relação ao classicismo podemos citar as grandes navegações, onde Cosme foi enviado as novas terras, chegando ao Brasil com as naus de Pedro Álvares Cabral, outro aspecto que podemos destacar é a Perfeição Formal, que está presente em toda narrativa, com um uso de uma linguagem formal.
        Logo, é evidente que o livro Terra Papagalli, absorveu muito bem as características desses movimentos literários, que foi um aspecto positivo para esta grande obra.

Imagens, Carturns e Charges sobre Humanismo

Humanismo - Grandes Navegações
Humanismo - Antropocentrismo
Humanismo
Humanismo - Grandes Navegações

Música sobre Humanismo da NLM Alegorica

Humanismo - NLM Alegorica

O ser humano, o ser supremo
O super homem, super somos
A liberdade, simplicidade
Felicidade, o carpe diem!

Quero tudo agora sem demora
Fast food, fast food
Megalópole devora!

Na ordem das coisas
Quem é mais importante que nós?
Nossos direitos, aspirações!
Não precisamos mais de heróis
Nem figura religiosa
Apenas alguém pra levar o lixo pra fora

Abaixo o sistema

Todos juntos boicotar, festejar
Abaixo o sistema!
Nação humana universal
Erigimos uma torre de babel!

Multiplicidade no arco-íris da crença
Religiosidade militante na tolerância
Sem religião, sem definição
Sem propósito, sem noção

Na ordem das coisas
Quem é mais importante que nós?
Nossos direitos, aspirações!
Não precisamos mais de herói
Nem figura religiosa
Apenas alguém pra levar o lixo pra fora

Abaixo o sistema, hey, hey

Humanismo universalista
Sem dirigentes, sem analista
Anarquismo, niilismo
Superficial espiritismo


domingo, 7 de agosto de 2016

Biografia de Marcus Aurelius Pimenta

Marcus Aurelius Pimenta

Biografia


Marcus Aurelius Pimenta nasceu no Brás, na cidade de São Paulo em 1962. Jornalista e roteirista, tem duas peças de teatro escritas e dez livros publicados, entre os quais “Terra Papagalli”, “Os Vermes” e “Evangelho de Barrabás”, todos escritos em parceria com José Roberto Torero. Formou-se em jornalismo pela Universidade Metodista, em 1984. Atualmente integra, também, a equipe de roteiristas do quadro Retrato Falado, do Fantástico.
Referencias :

http://www.objetiva.com.br/autor_ficha.php?id=279 e http://www.somos1so.com.br/2010/07/07/marcus-aurelius-roteirista/

Biografia de José Roberto Torero

José Roberto Torero

Biografia

   José Roberto Torero Fernandes Júnior é um escritor, cineasta, roteirista, jornalista e colunista de esportes brasileiro. Formado em Letras e Jornalismo pela Universidade de São Paulo, é autor de diversos livros, como "O Chalaça", vencedor do prêmio jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Cursou, sem concluir, pós-graduação em Cinema e Roteiro. Escreveu o livro "Terra Papagalli" juntamente com o escritor Marcus Aurelius Pimenta em 1997. No Jornal da Tarde, de São Paulo, iniciou sua carreira de cronista e depois começou a escrever para revista Placar textos sobre futebol, colaborando com a Folha de São Paulo desde 1998. Como roteirista nos longas A Felicidade É e Pequeno Dicionário Amoroso. É sócio proprietário da Realejo Livros, em Santos. Atualmente, Torero mantém um blog no portal UOL, o Blog do Torero. Publica também o Blog do Lelê, seu sobrinho fictício, iniciado durante a Copa do Mundo de 2006.




Terra Papagalli